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11/06/2019

Será?...

Fotografia encontrada na net sem referência ao autor 


          Palavras ditas, foram muitas, mas foram principalmente as não ditas que eternizaram os momentos em que as almas se tocavam. Das mãos escorriam letras, que o coração acolhia no mais recôndito dos seus recantos, e do corpo, a reclamação de presença! Presença que encurtasse a distância e abrisse os braços à medida de um abraço. Mas tudo isso foi há tanto tempo… Será que ainda te lembras do que é a eternidade?



07/03/2019

Dia de luto...


Era uma vez um país, onde se decretou um dia de luto nacional – um entre muitos outros – pelas vítimas de violência doméstica. Nada contra o luto, até porque é importante homenagear os mortos e se isso servir para sérias reflexões, ainda melhor. Mas não seria mais adequado tomar medidas mais práticas e imediatas? Mudar leis e\ou fazer com que sejam escrupulosamente cumpridas, talvez… é que neste mesmo dia – o tal do luto nacional contra a violência doméstica – lêem-se notícias que dizem haver quem de direito a decretar visitas de agressores a menores resguardados em casas de abrigo, pondo em risco as vitimas.
Com certeza, urge reestruturar a sociedade e as mentes!



19/12/2018

Divagações

Frida Kahlo and Chavela Vargas, 1950s

Um sorriso sincero
Solta-se da minha alma plena
Em aberto para a tua
Que se estabelece em mim
Como o sol do mundo
Ironia de uma existência
Em tudo sem o ser vivente
Mas o que é que isso interessa
Na essência que se perde
Se não há o gargalhar da vida




04/06/2018

Viagens

Imagem encontrada na net sem referência ao autor 

Envolta em fulminantes paixões, percorro campos de intensa fertilidade… e vou ao fundo de mim. Umas vezes à deriva, outras por percursos estrategicamente definidos, há uns momentos em que contemplo jardins e trago comigo o perfume das flores e outros em que vou às profundezas do desencanto e trago rasgadas na pele as cicatrizes dos espinhos. Mas sempre com a certeza que é plena a descoberta. Plena e enriquecedora, porque cada viagem é uma lição.
Só não quero é ir em vão, porque ir em vão é nada e eu quero tudo. Tudo o que o meu Eu possa aprender. Quero o equilíbrio a que me obrigam os declives dos vales e o domínio das vertigens nas subidas às montanhas. Quero a acalmia da planície e o ritmo das ondas do mar, o frio e o calor, a chuva e o sol.
Quero ser eu… ser eu até morrer!  




16/04/2018

Em "Acrescenta Um Ponto Ao Conto"


Em “Acrescenta Um Ponto Ao Conto” escrevemos contos a várias mãos. Semanalmente, um dos participantes escreve um capítulo que faz parte da história que nesse momento estamos a desenvolver. Não é fácil pegar num enredo que vem de trás e dar-lhe continuidade de forma coerente e criativa, mas é uma experiência enriquecedora. Nem sempre o rumo que a história toma é aquele que escolheríamos, e por vezes até nem gostamos, mas aceitamo-lo, trabalhamo-lo e no fim conseguimos que seja nosso.
Claro que para tudo isto é necessário que haja abertura de espírito e por isso felicito os meus companheiros de escrita.

Esta semana foi a minha vez de acrescentar um capítulo ao conto “Voar Sem Asas”






13/04/2018

Ti Alfredo

Fotografia©Maria João Solano Silva


“Ti Alfredo”… para os alegretenses e para tantos outros por cujas terras passava a alvorecer festas e romarias. Mestre na sua arte. Todos os anos, no dia quinze de Agosto pelas sete da manhã, lá estava ele no alto da muralha a anunciar o início dos festejos. Festas em honra de Nossa Senhora d’Alegria, das mais antigas do Alentejo e quiçá do país. O momento era de emoção, era o momento que acordava toda uma população, ansiosa por cumprir a tradição que há nascença herdara. E ele sabia-o: demonstrava-o pela forma minuciosa com que fazia cada sequência de fogo. Era diferente em cada festa. As casas de família, cheias com os residentes e com os que regressavam, ano após ano, sempre naquela data, despertavam assim durante aqueles dez ou quinze minutos de estrondosa alegria. De seguida, ouvia-se a banda. Por todas as ruas da vila, a banda soltava melodiosos acordes e instalava-se o clima de festa, que durava pelos próximos dois ou três dias.
A banda, essa ainda continua a acordar a população, todos os anos, no dia quinze de Agosto, pelas sete da manhã. Mas o “Ti Alfredo”, nunca mais soube nada dele. Os “Ti Alfredos” já não podem alvorecer festas e romarias.




30/03/2018

Renovação

Pintura de Juliane Mercante


Em qualquer dia, como todos os dias, a vida renova-se. Renovam-se os propósitos, renovam-se as vontades, renovam-se as certezas e também as dúvidas. Renova-se a existência de uma vida mais ou menos vivida. Porque é assim, a grande proeza de viver: uma caminhada com avanços e recuos por percursos mais ou menos sinuosos. Decorrentes em felicidade, quando os passos são em frente. Envoltos em tristeza, quando é preciso voltar atrás.
É uma lição para se aprender aos poucos, sem importar quantos são os recuos. Porque não têm importância os passos dados atrás, se eles servirem para impulsionar o balanço que é preciso para ir mais além. Ou as paragens para descansar, porque é preciso retemperar as forças que nos movem.
Sonhos, fé, esperança… tantas são as vestes com que se apresentam. Cada qual para sua ocasião. Mas na verdade, são as forças que cada um descobre em si para o simples acto de viver.
São forças em constante renovação.




08/03/2018

Dia Internacional da Mulher

Imagem © Sylvie Facon


Não foram festas nem flores que levaram a que se escolhesse este dia para Dia Internacional da Mulher e confesso que também não gosto de dias marcados para relembrar ou celebrar seja o que for, no entanto hoje, em pleno século XXI, o mundo ainda nos dá motivos para recordarmos este dia. Mas não só às mulheres, penso eu… porque não é de género que se trata.
Mulher, eu sou todos os dias. E beijos, abraços e flores, gosto de receber em qualquer data. Assim como também gosto de dar, indiferentemente da ocasião. Gosto de receber sem saber porquê, de dar sem obrigação. Não gosto de diferenciações, nem de igualdades sem razão. Cada um na missão que lhe cabe…

… gosto mesmo é de paridade!




           Dia Internacional da Mulher

05/03/2018

Escrever liberta


Quando as recordações remexem nos sentidos e as emoções fervilham à flor da pele, há rios que transbordam as margens da inquietude latente em mim. Caudais de palavras que desaguam em prosa ou poesia. A cama onde converto os pesadelos em sonhos.  
Escorrem-me dos dedos, sem que os consiga conter, rabiscos enraivecidos pelo que não sabem dizer. Ou apaziguados pelo que enfim deram a conhecer. São os desígnios do infinito das almas feitas de sonho, que não cabem num só mundo. Que precisam de muito mais que um espaço para se transcender.
Há universos onde me perco, mergulhando nas reminiscências do meu ser. Só para depois submergir na ilusão dos sentidos, que teimam em me fazer viver
… nesta liberdade aprisionada que é a necessidade de escrever!




18/01/2018

Malabarismos Entre o Cérebro e o Coração

Imagem retirada da net sem referência ao autor 

Presos por sólidos laços de vida e existência, são como o extremo norte e o sul de um plano em trepidação. Tantas são as vezes que se repelem, como as que se tocam, no agitar do pano sob os ventos da paixão.
Eternos rivais? Não! Não o são, nem nunca o serão. Apenas, essências em contradição. Um freio do outro, nos momentos exaltação.
Companheiros de caminhada, quando o espírito é de temperança. Sempre, sempre tendo como destino a esperança. Afinal, querem os dois a mesma lembrança.
Mas o consenso é difícil de alcançar, por isso balançam ao sabor do sentimento. Que o tempo… esse não pode parar.

Malabaristas no trapézio da vida, tentando o equilíbrio para continuar.


03/02/2017

Eu gosto de pessoas

Fotografia de rinaldo romani

É bem verdade que a humanidade me desilude, às vezes. Quando acontecem as maiores barbaridades em nome de um qualquer ideal, quando a compaixão se perde no meio de interesses duvidosos ou até mesmo quando a intolerância perante quem está lado a lado se manifesta, o meu crer desvanece-se com certeza. Chega a quase desaparecer por completo. Porque o propósito da vida não é esse, isso afirmo-o com toda a minha convicção. Mas depois, surgem as coisas mais bonitas que se podem imaginar e torno acreditar.
Porque eu preciso! Preciso acreditar no que me faz bem. E acreditar na humanidade faz-me bem. Serei ingénua, talvez. Ou egoísta, pode-se dizer. Porque esta é a minha forma de sobrevivência. Posso morrer mil vezes de desilusão, mas ressuscitarei sempre a cada gesto de amor universal.

Eu gosto de pessoas…


25/01/2017

A Noite... e Eu


Fotografia de Bianca Van Der Werf

Gosto da noite. Gosto de me envolver nos mistérios que ela inspira, percorrer passo a passo os meandros de um encanto que é só seu e depois, ir até ao fundo de mim. Há muito de semelhante em nós… as escuridões onde só entra quem não tem medo de se perder e os enlaces que prendem sem querer. Ambas feiticeiras de um pecado sem freio, aprisionamos os sentidos em ânsias de vermelho escarlate. Roubamos o brilho da lua cheia e pairamos nas ondas do mar. Ora maré vazia, ora maré cheia. Sempre em plena harmonia com o que alma anseia.



16/01/2017

Tempestade


Fotografia de Václav Širc

              Deixa! Deixa que a tempestade venha e me inunde por dentro. Deixa que me arranque para sempre os resquícios daquele deserto, que me secou os sentimentos. Mesmo que venha forte, deixa que venha. Só assim ficarei livre da guerra dos tormentos.
            Porque eles estão arreigados em todos os momentos e a minha força é pequena para que os desfaça, simplesmente. Preciso da força da tempestade para os arrastar, longinquamente. Que os leve, que os derrame ao vento. Para que atravessem montes sem voltar para trás, ou marés em contracorrente.
            Deixa vir a tempestade, para que eu possa seguir livremente!    



11/01/2017

Até agora...


Fotografia de Nils Vilnis

            - Diz-me, diz-me para onde vamos depois?
            - Depois de quê?
            - Ora, depois de quê… depois. Depois de isto acabar.
            - Ah, isso. Ora, eu quero lá saber. Eu não quero saber do depois. Quero é saber do agora, é no agora que eu estou. É agora que eu vivo, é agora que eu sinto, é agora que eu padeço e que eu me alegro. Para além disso, nem sei se há depois. Para que é que hei-de querer saber de algo que não sei se existe.
            - Entendo. Então, até agora!



04/01/2017

Perder-me ou Encontrar-me...


Fotografia de Floriana Barbu

Sai de manhã cedo, pelos caminhos da minha alma. Havia uma névoa embriagante, onde o meu ser existia. Qualquer ausência, que não reconhecia em mim. Eu queria, precisava encontrar o rumo do meu destino e naquele momento, estava perdida. Coisas de um acaso, penso eu… às vezes, por coisas que ninguém entende, perde-se o rumo do destino.
E depois? Depois há que encontra-lo… ou então, perder-se para sempre.



15/10/2016

Coração Renovado



Um dia, doeu-me o coração. Tinha sido atingido por uma seta certeira, proveniente de um qualquer capricho da vida. A vida tem assim destes caprichos cruéis. Atira setas a alvos frágeis. Diria até que o faz por maldade, talvez. Mas possivelmente, não. Possivelmente, o propósito é mesmo outro. Eu só sei que o meu coração doía.
E eu não queria um coração dolorido. Resolvi livrar-me dele. Rasguei o meu peito e arranquei-o com todas as minhas forças. Deitei-o fora e despojei-me assim das dores. Senti-me aliviada por instantes. Pensei que podia viver sem coração. Naquele momento de alívio, achei que era melhor assim. Mas logo comecei a sentir um vazio no meu peito. Um vazio que era o buraco deixado pelo coração. E o buraco também doía. E crescia. E à medida que crescia, a dor aumentava. Percebi que não valia a pena ter arrancado o coração e perdi-me um pouco de mim.
Até que num outro dia, outro qualquer capricho da vida devolveu-me o coração. Vinha renovado, livre de dores. Trazia algumas cicatrizes, é verdade. Mas dei-me conta que essas cicatrizes o tinham fortalecido.
Não, nunca mais quero viver sem coração!  



19/12/2015

Um pensamento de Natal

Um dos muitos presépios que se podem apreciar em toda a freguesia de Alegrete,
construídos pela população

Natal é tempo de amor, paz, solidariedade. Natal é época de partilha. Parece que nesta altura do ano, toda a gente fica mais disponível para dar e receber. Esquecem as zangas e os conflitos para se juntarem em confraternização. E até as guerras se interrompem em ligeiros momentos de tréguas. De várias maneiras e com diferentes formas de sentir, todo o universo se une para celebrar o Natal. No fundo, aquilo que devia acontecer todos os dias. Então porque é que não fazemos de cada dia um Dia de Natal?



04/11/2015

Existência

Imagem Google

Quanto mais tomo consciência do mundo mais me dou conta de como a minha existência é pequena. As minhas mágoas, as minhas angústias, as minhas tristezas, as minhas alegrias, as minhas vitórias ou as minhas derrotas, são pequenas gotas no grande oceano que é o mundo. Mas não são insignificantes, não. Porque de pequenas gotas se faz um grande oceano, e cada um de nós pode ser o pensamento que germina a mudança. Não sou uma grande pensadora das ideias do universo mas acredito na diversidade para construir um todo e acredito que cada pessoa pode marcar pela diferença… 



26/10/2015

Simplesmente... assim




É simples, é muito simples, são as coisas simples que fazem os grandes momentos. Um sorriso para quem está triste, o canto de um pássaro ou um raio de sol, podem transformar o dia mais escuro no mais resplandente trajeto de luz. Uma flor no lugar mais recôndito pode embelezar o caminho mais tortuoso. Uma gota de orvalho pode atenuar a sede ao mais sequioso dos caminhantes. São os pormenores do percurso que valem a pena, não a meta!



18/03/2014

Os Caminhos da Felicidade

A felicidade é um caminho natural e inerente a cada ser humano. Ninguém nasce para ser infeliz. Há é, muitas vezes, a perda ou a troca do caminho a seguir. Por engano ou por opção, a postura que cada um adopta perante a vida tem implicação directa no seu estado de felicidade ou infelicidade. A felicidade não se adquire, como um bem exterior que se agrega ao corpo, ela constrói-se por dentro. Com a alma, com o espírito, no íntimo das nossas convicções. Adoptando comportamentos que geram bem-estar, paz de espírito e plenitude de alma.
Uma pessoa feliz não faz a sua felicidade depender dos outros, não se deixa dominar por sentimentos negativos, não cultiva ressentimentos nem situações que lhe causam ansiedade, depressão ou stress. Para quê, desperdiçar, com revoltas, o tempo que pode ser ocupado com as coisas boas da vida?
Ser gentil, tratar os outros com dignidade e respeito permite construir relacionamentos mais fortes e duradoiros. Praticar o bem, ser solidário, provoca satisfação e bem-estar. Porque a lei do retorno existe e está constantemente em execução. Ninguém é uma ilha e cultivar relacionamentos saudáveis é fundamental para o bem-estar do espírito.
Fazer de cada problema um desafio, uma oportunidade de superação, uma aprendizagem para fazer mais e melhor, torna-nos mais fortes e seguros. E pessoas mais seguras de si próprias são mais felizes. Não vale a pena ver os problemas como desvantagens, eles têm que ser resolvidos e se concentrarmos as energias na sua resolução mais facilmente eles desaparecem.
Valorizar aquilo que se tem dá um sentido mais profundo de plenitude. Embora o desejo de querer mais e melhor seja legítimo, esse desejo nunca deve ser uma ansiedade mas sim um estímulo para ir mais além. Sonhar, projectar, em grande, prepara a mente para uma atitude positiva, mas com a consciência da importância do que já se tem. Se há coisas pequenas que são importantes, há outras que não merecem a mínima atenção, por isso há que saber filtrar o que realmente importa.
Saber ver nos outros o melhor que eles têm leva-nos a pensar positivo, sem ter necessidade de julgar. Procurar caractericas negativas gera negativismo. Ninguém é culpado dos erros de ninguém, assumir os próprios erros ajuda a caminhar para melhorar. Cada ser humano é uno e tem o seu próprio caminho a percorrer, as comparações são sempre injustas e levam a sentimentos de superioridade ou inferioridade que impedem o progresso. Cada pessoa deve seguir o seu próprio caminho, construi-lo à sua medida, sem procurar a aprovação dos outros. Deve ouvir, trocar opiniões, aconselhar-se, mas tirar as suas próprias conclusões e fazê-las prevalecer.
Cada pessoa deve procurar ter pleno conhecimento de si mesma, gostar de si e sentir-se bem na sua própria companhia. Estar em silêncio sem que isso a incomode e conhecer os próprios limites. Deve exercitar a mente e também o corpo. A frase feita “mente sã em corpo são” é absolutamente certa.
Se é verdade que o passado foi importante para a construção daquilo que somos hoje, também não é menos verdade que é uma realidade já passada, por isso há que viver plenamente o presente, com a consciência do papel do passado mas valorizando acima de tudo o presente.

Fotografia: Zé Luís Brás

Viver com o que é necessário e dá conforto, mas dispensar o que não faz falta. Os excessos incomodam, como tal, cada um deve ter consciência do que precisa e do que o sobrecarrega. Deve viver com a sua realidade e não abdicar da sua verdade.
Ter consciência daquilo que depende, ou não de nós é também um caminho para a felicidade. Adaptando-nos ao que não pode ser mudado e empenhando-nos no que podemos mudar.

Acima de tudo, a felicidade depende das escolhas que ao longo da vida se vão fazendo. Sendo que o objectivo não é a meta mas sim o percurso que se vai fazendo a cada momento. A felicidade não é um estado absoluto e imutável, a felicidade é uma construção contínua ao longo da vida.