Quando
as recordações remexem nos sentidos e as emoções fervilham à flor da pele, há
rios que transbordam as margens da inquietude latente em mim. Caudais de
palavras que desaguam em prosa ou poesia. A cama onde converto os pesadelos em
sonhos.
Escorrem-me
dos dedos, sem que os consiga conter, rabiscos enraivecidos pelo que não sabem
dizer. Ou apaziguados pelo que enfim deram a conhecer. São os desígnios do
infinito das almas feitas de sonho, que não cabem num só mundo. Que precisam de
muito mais que um espaço para se transcender.
Há
universos onde me perco, mergulhando nas reminiscências do meu ser. Só para
depois submergir na ilusão dos sentidos, que teimam em me fazer viver
…
nesta liberdade aprisionada que é a necessidade de escrever!
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