02/04/2018

Saio Pela Tardinha - in Alegrete em Poesia




Saio pela tardinha,
sentindo o aroma das flores
e a brisa que refresca a noite,
anunciando-se mansinha,
traz com ela os seus odores.

Mescla de alma com sentimento,
frutos maduros e roseirais,
há no ar um encantamento
ao ouvir o canto dos pássaros,
que se espraiam nos beirais.

Embalo dos meus sonhos, 
do meu eu mais profundo.
Mesmo querendo mais, 
retorno sempre cá, do mundo
onde me exponho.

Para não permitir que adormeça,
no meu ser dolorido,
a força do meu coração.
Embora reconheça com emoção,
amor assim jamais será esquecido. 


          Esta é uma obra simples e singela - como são as coisas belas da vida - onde se reúnem alguns poetas de Alegrete, que com muita honra coordenei. 




2 comentários:

Clementina Barros disse...

Muito bom este poema
Parabéns Luisa

CÉU disse...

O Alentejo sempre deu ao mundo poetas com brilho e durabilidade e a Luísa é uma delas.

Gostei do seu poema, pois exprime tudo o que lhe vai na alma, quando sai pela tardinha e põe a natureza a interagir com a Luísa.
Sonhe, porque esta atitude e possibilidade fazem parte da vida. Concordo. Amores, como estes, nunca serão esquecidos.

Um abraço e desejo-lhe uma boa semana.