03/03/2008

Poema ao Mar




Lancei o poema ao mar

E as minhas mãos ficaram

Vazias de palavras …

Já não tinha como expressar

O que cá dentro guardava



Só me resta agora …

A ele as vir buscar

Sempre que elas me faltam

Nos dedos a transbordar

De versos que não deixam

De brincar na minha mão

Sempre a brotar

Lá do fundo do coração



Insistem

Em compor singela poesia

Com cheiro de maresia

E sabor a água do mar

Brisa marinha que se sente

No coração da gente

Som das ondas a cantar

Lindas canções de embalar



É sempre ele … o mar

Caprichoso nas suas vontades

Que continua a inspirar

Desde os poetas de verdade

Até àqueles que como eu

São poetas a brincar



Liz



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