Fotografia de Marta Cernicka | |
Há
acasos que podem salvar dias.
Quando
o sol não aparece pela manhã
e
o canto dos pássaros se deixa de ouvir,
perdido
na inquebrável cinzentania
que
esconde a esperança, ainda que vã.
Se
no vento perdido voa um certo florir
de
sementes que fecundam o chão
e
irradiam os magnetismos do coração.
Sente-se
o perfume que se espalha no ar,
em
gotas de total embriaguez.
Síndrome
de grande alheamento, talvez,
a
tudo o que tende a desintegrar
o
destino dos dias que nascem sem aso
e
por uma flor que desponta vadia,
são
salvos ao acaso.
Sem comentários:
Enviar um comentário