Tinha a dor presa em mim.
Brutal, com nós impiedosos
que não conseguia desatar.
Nem com a minha força para viver.
Então fui à janela e
conversei com as estrelas.
De olhos postos em mim, falei-lhe
de como me sentia pequenina.
Perdida no meu mundo de dor.
De como me sentia impotente,
perante o tamanho da minha angústia.
Que era a maior de todas.
E elas disseram-me
que levantasse os olhos de mim
e olhasse em frente o horizonte,
que se desenhava no céu.
E para lá dele o universo infinito
que havia à minha volta.
Só para mim, e para quem eu quisesse.
Universo sem limites, que eu poderia
construir á minha medida .
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