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Por vezes, paro com ele
Quieta e silenciosa,
Mera observadora da minha existência
Outras há, em que é ele
Que se esquece de mim
Avança num turbilhão
Sem me deixar perceber
Que a vida me está a deixar para trás
Momentos inesquecíveis
Fugazes, que se vão
Como bolas de sabão ao vento
Longe demais para as ver estoirar
Barreiras que me fazem parar
Me obrigam a pensar
Na forma de as ultrapassar
Sem sequer saber que o seu propósito
É ensinar-me a viver
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ॐ♥ Liz ♥ॐ
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Hoje tinha tanta coisa para te dizer mas
as palavras atraiçoam-me confusas
e fugidias
ou desesperadas que não as escrevo ou
insuficientes ainda
escondidas nas névoas da alma.
Queria dizer-te coisas simples
que a alma sabe
a que os dedos se recusam.
Liberto das grilhetas dos conceitos
transpondo as barreiras
de lugares-comuns enfastiados
apenas queria dizer-te coisa simples.
Tão-só expor-me à profunda admiração
e apenas dizer-te
do meu incondicional amor…
Deliciosamente!
Erg Chebbi الإرج شيبي
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LIZ
A ti que Deus destinou, viver uma cruz
Mas, que assinalou, Liz de luz
A ti que batalhaste, e por fim, aceitaste
Somente tu, mulher coragem
Que à dor não prestas vassalagem
Porque és uma estrela, pela terra
Em passagem.
Angelina Andrade
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Carta à liz
Irmã de lua:
Agosto despede-se das nossas mãos.
Encontramo-nos nas soleiras do sol e,
cada uma, com uma flor no cabelo, reconhece-se
no sorriso que atravessou o tempo das estações
das chuvas e dos sonhos.
Estamos mais velhas, é certo,
mas as canções que nos tocaram os dedos
deixaram o melodioso sussurro do mar
Houve noites escuras
muito escuras
que nos tocaram o corpo,
densamente
deixando-o como se não houvesse mais caminhos.
As mãos, pobremente resguardadas das sombras
incapazes de uma flor
carregaram os enganos e os relâmpagos
ao respirar a terra e os seus destroços.
Houve dias em que fomos uma ilha de solidão.
somente
um silêncio molhado contra as janelas do futuro.
E houve noites de diálogos entre estrelas
colos de luas embalando madrugadas.
A rasar o corpo desta página
há o tempo
o tempo que se desfolha de rugas
que pergunta o curso dos rios
e quanto são fecundas as suas margens.
A boca responde a acender palavras simples:
___ É deixar correr os dias, um por um
e iluminar as palavras na simplicidade do coração.
A voz sustenta os olhos,
quando a terra treme
para segurar o que resta dos sonhos na mão.
Lua
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