Fogem-me as palavras
Como areia entre os dedos
De tanto que tenho para dizer
Não há lápis nem papel
Que acolham os segredos
Embutidos na minha pele
Todas as letras e vocábulos
Se tornam insuficientes
Tantas as emoções que já vivi
Tantas as lições que aprendi
Quisera eu deixar sementes
De todo o meu saber
Para que outros neste mundo
Tivessem um mais fácil viver
Assim como eu poderia colher
Frutos de quem deixaria
O sementeiro fecundo
Mas tudo isto é loucura
De quem sonha
Tirar o mal ao mundo
Não há sonhos nem enredo
Que dispense cada um
De aprender com os seus erros
Liz
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