13/09/2011

Romances de Cordel... Ou Não!


“ Jogos de Sedução”, “As Regras da Sedução”, “O Protector”, “Casamento de Conveniência”… há quem lhe chame literatura de cordel mas a verdade é que vendem que nem pãezinhos quentes. Tratam o amor á moda antiga, os rituais de sedução, a poesia, o romantismo que nos dias que correm se vão perdendo cada vez mais. Já não há tempo para namorar no jardim ou passear de mão dada á beira-mar, agora anda-se, constroem-se relações muito bem ponderadas e calculadas… e o imprevisto do amor? Aquele nervosismo miudinho á espera de uma palavra que nunca mais chega ou aquele arrepio ao toque de um olhar? …

Estará aí a chave do sucesso para estes romances que, com uma escrita mais ou menos vulgar, nos enredam até ao mais ínfimo pormenor nos rituais de sedução, paixão, enamoramento, perdidos ao longo dos tempos?

Dos livros referidos li “Jogos de Sedução” e “Casamento de Conveniência” e gostei. Não considero que haja livros mais ou menos aconselháveis, tudo depende do gosto e das expectativas de cada leitor.

08/09/2011

O Vazio


O vazio é imenso…

Ocupa horas, dias, vidas inteiras

Nada ocupa mais



Ocupa espaço, tempo, sentimento

Ocupa o ser por dentro

O vazio ocupa imenso



O vazio não deixa lugar para nada

Entope a entrada

De outro qualquer sentimento



O vazio ocupa imenso…


05/09/2011

Labirintos Onde Me Perco


Não… não, eu não posso continuar neste labirinto que me enlouquece mais e mais a cada minuto que passa. Tenho que encontrar a saída que conduz à liberdade, à minha liberdade. Aprisionei-me, sem me dar conta, na teia que eu própria teci, como a aranha que tece a sua fortaleza com fios que se desfazem com um simples sopro de vento.

A minha pseudo-fortaleza também ruiu antes de eu mesma abrir os portões e acabei ficando soterrada nos escombros que se transformaram neste labirinto onde me perco todos os dias um bocadinho e aumenta a minha angústia de não ter a força para caminhar até à saída em liberdade, mas tenho que a arranjar, construi-la, procura-la, sei lá. Sob pena de ficar perdida para sempre, tenho que arranjar a força para caminhar até à saída que dá entrada no espaço livre onde posso passear. Viver! Viver sem o medo de não conseguir mais voltar.