30/09/2008

Enquanto os anjos dormem



Enquanto os anjos dormem

A lua serpenteia nas águas do lago

Sustentado pelas lágrimas da guerra

Que os homens orgulhosamente alimentam

Ouvem-se os ruídos da batalha

Imponentes e altivos estrondos

Sem consciência

Perturbam o sono dos anjos

Roubam-lhe os sonhos

Como se fosse punição … mas porquê?

… Eles são anjos …



Liz





23/09/2008

Chuva




Solto minha alma à chuva

Em cada gota vejo um fio de água

Que me escorre dos olhos

E me limpa o coração

Deslizo como uma pluma

Numa dança inspirada

Pelas ondas do mar

Que tu chuva, também banhas

Com as tuas gotas de cristal

Consigo penetrar em cada partícula tua

E sentir-me um ser especial

Libertas-me, alivias a minha dor

Quando partes fica em mim a serenidade

De uma alma renovada momentos antes…

Caminho sobre o tapete de diamantes

Enfeitado pelos raios de sol

Acabado de chegar.



Liz



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13/09/2008

Amizades. Virtuais... Ou não...






Admirável mundo novo

Onde se renovaram os dias da multidão

Transformam-se os desígnios do coração

E há sementes que nascem mesmo sem ter chão

São plantadas letra a letra

Tiradas de um sementeiro de teclas

Cuidadosamente aberto pela minha ou tua mão

Mão que acredita, mão que semeia, mão que colhe

Mão que também escolhe

Os frutos com que se alimenta

Se semeia vento de certo colhe tormenta

Mas, se acreditar na sua real virtude

Se partilhar o seu valor

Talvez o fruto da plantação

Seja o eterno e amor fraterno

Ou mesmo se a escolha for terreno infértil

E que apenas nada haja para colher

Sempre restará a experiência

E uma lição de saber viver

Plantado num terreno fértil

Do Alentejo ao Algarve

Com sementes se sentimento puro

Onde colhemos no dia a adia

Flores e frutos do coração

Carinho, amor e compreensão

E no desvendar dos nossos mais profundos medos

Sussurramos velhos e valiosos segredos

Quando não estas vem a saudade

E é assim a nossa amizade

Virtual...ou não...

Já ocupa o meu coração.





Anna & Liz





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04/09/2008

Eu só queria entender


Eu só queria entender …

Porque, às vezes, é tão difícil viver

Nos sentimos como um barco à deriva

Que luta contra a tempestade

Com medo de se perder

Numa onda furtiva

Que lhe rouba a vontade



Queria saber …

Qual o desvio do caminho

Que contorna o destino

Da dura realidade

Transpor todos os sonhos

Para a vida de verdade

Poder deixar o barco ao abandono



Mas eu sei …

Que isto é uma esperança vã

Do meu coração sentido

Meio acordado, meio aturdido

Espera pela manhã

Ver o mundo mais unido

Como isso não está a acontecer

Resta esperar cada novo amanhecer



Liz



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