15/06/2008

Não há tempo



Não há tempo


Dentro deste tempo


Que se gasta na procura

Daquela oportunidade para ser feliz
Não se está bem nesta busca incessante


E o final do dia chega inquietante
Urge inventar o descanso


Em que dentro das minhas veias

Corram as recordações

Sem pressas, com tempo

E sem peso talvez
Encontre, esta noite, paz



Nos braços de um anjo,


Que voe para longe daqui

E me leve para lá desta imensidão

De incertezas que me consome

Me arranque das ruínas construídas

Nas minhas costas, pela tempestade

Que continua a retorcer-se no tempo

À minha volta

Talvez encontre algum conforto lá

Para lá do tempo que se inventa

A procurar aquilo que se não tem

Que diferença faz escapar

Uma última vez ?

Se é tão fácil acreditar nesta doce loucura

Que destrói a gloriosa tristeza

Que me arranca a lucidez



Liz



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11/06/2008

Espero-te


A toda a hora te espero

Nem sei porquê …

Pois disseste que não virias

Talvez o hábito

De te esperar todos dias

Acalente a minha esperança

De te ver aparecer

Como que por magia

Bater na minha janela

Qual rosto de criança

Sem se deixar ver

Vem velar o sono da donzela

Mas fico horas sem fim

Até que me esqueço

Adormeço

E acabo por te encontrar

No infinito de mim

Não sei se a sonhar

Ou porque te tenho no coração

Vivo sonhos de jasmim

Em jardins de ilusão

Na espera de ti

Até que por fim a madrugada

Dá lugar ao novo dia

Que te trará por aquela estrada





Liz





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06/06/2008

Manta de Retalhos



Deito-me

Sobre a manta de retalhos

Costurada pelo tempo

Que não para de correr

Na tentativa

De sobre ela adormecer

Mas o pensamento não me deixa

Adormecer para não acordar

Agarrar o que me resta

De um tempo para amar

Fazer deste sono

Que sinto sobre a vida

Mais uma batalha vencida

Descansados os tormentos

Despertar outros sentimentos

De fé e esperança

Caminhada que avança

Por ruelas e atalhos

Juntar a esta manta

Todos os retalhos



Liz



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03/06/2008

Prémios



Prémios e mais prémios

Desfilam à minha frente

De mim para ti

De ti para mim

De todos para toda a gente

Gestos de ternura

Que se tornam banais

Numa mecânica apurada

Que de tão bem estudada

Esmaga os originais

E ainda põe em perigo

Aquele carinho sentido

Nutrido por cada amigo

Na sua individualidade

Que constrói o todo

Da grande humanidade

E enriquece a mais

Bela amizade …



Liz



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